Vejo o verso alçar vôo
em cânticos e gritos,
são ecos de um universo
paralelo e escondido.
Atravessa geleiras
e o calor dos desertos,
rouba-me as altas noites,
joga-me cru aos vícios.
O verso é a nudez clara,
a sombra do poeta,
a sobra do banquete,
sombria perfeição,
cuja nascente é o lodo
do barro do homem feito.
O verso do poeta
atrás de si revela
reversos de outros ditos
o eu de todos nós
adversos, versados
em estar em si, consigo.
Um comentário:
Que ritmo!!! :O
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