sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

"Memória é arma para não repetir a barbárie"

"O dever da memória não pode se confundir com a simples passividade da lembrança", alertou a presidente Dilma Roussef durante a cerimônia em memória das vítimas do holocausto. Parafraseando a "grande judia, grande filósofa" Hanna Arendt, completou: "a memória é uma arma humana para não repetir a barbárie".

Foi a primeira visita oficial a Porto Alegre. A nova presidente lembrou dos ciganos, dos eslavos, dos socialistas e daqueles que "tinham uma opção sexual que não era do gosto daqueles governantes de então".

O simbolismo desse discurso, no dia 27 de janeiro de 2001, prenuncia, a meu ver, uma seriedade e uma disposição do novo governo em enfiar o dedo nas feridas abertas da história recente. "A memória expressa a firme determinação de impedir que a intolerância e a injustiça se banalizem no caminho da humanidade".

Dilma atentou para a necessidade de "lembrar de todas as vítimas de todas as guerras injustas de todas as ditaduras que pelo mundo afora exterminaram, torturaram e tentaram calar milhares de seres humanos". Ouvir isso de quem já foi barbaramente torturada por uma ditadura militar...

Ela ainda chamou atenção para o caso nacional: "no Brasil, o dever da memória é algo indissociável do dever de festejar a vida". Alguém duvida que ela vai incomodar muito milico?!