não tem tampa nem tem fundo,
não se abre e nem se fecha,
seu maciço é oriundo
da memória de outras eras.
Não tem dentro nem tem fora,
nem parece com uma caixa
quando vista à distância.
Qual será a chave mágica
que desnuda a lembrança
do seu corpo original?
Seja firme e sinuoso
o caminho rumo ao centro.
É de carne, rocha e osso
o segredo que adentro.
No baú que abarca o tempo,
uma face a cada dia
do colosso se vislumbra,
quem tem força, que o persiga
no clarão e na penumbra.
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Pedra do Baú, janeiro de 2017. |
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