terça-feira, 22 de março de 2022

Ah... angústia das coisas não vividas
Oh... terror dos poemas não escritos

Tormentos do que poderia ter sido
a vida que não foi

nesta estrada escura
no rumo da lua
um susto,
um motoqueiro para em minha direção, e jovialmente me aborda:
- quer um bonde, mano?
- Não, não, amigo, tou de boas

Generosidade que ainda resta nessas ruas ermas

Distantes de mim, me vem recados do acaso,
não estamos sós.

Lumiar (RJ), 20 de janeiro de 2021.

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