No dia em que você fechou os olhos,
eu te vi... dissolvendo na paisagem,
adentrando as moléculas das folhas,
do som, do ar, da luz... da minha face.
Tudo, então, transformou-se em poesia,
em densa atmosfera de mistério...
contaminou o chão e os azulejos,
as falas dos humanos e os seus gestos.
Na poeira das fotos e memórias,
por detrás de um rosto que se finda,
vislumbrei o teu manto a me cobrir,
mãe de todas as mães, ó, Mãe Divina!,
me ensinando a ser o que eu já sou...
navegante, translúcido, universo,
uma onda de amor no vasto oceano
a fundir nossa alma em sonho e feto!
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