quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Tudo o que existe
é este momento,
em que o ar persiste
em ser movimento
a compor o corpo
de barro que somos.

Tudo o que existe
está neste instante
em que o sopro insiste
seguir adiante
percorrendo o oco
de barro que somos.

Tudo o que existe
agora aqui está
sem forma ou limite
a sair e a entrar
além dos sentidos
de barro que somos.

Tudo o que existe
é observar...
o tempo permite
viver o que há
do vago presente
de barro que somos.

Tudo o que existe
é este lugar
onde a chama incide
em nos abrasar
a acender o forno
de barro que somos.

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