domingo, 13 de janeiro de 2019

Não se deve olhar diretamente para o Sol. Mas eu olhei. E imediatamente virei a face, assombrado.

E o calor iluminava as minhas costas e dourava uma enorme montanha de barro amarelo em que eu havia me metido, precisando escalá-la, alcançar o seu cume. O monte tinha várias fendas, onde eu enfiava as mãos e os pés a fim de me equilibrar.

Pendurado na montanha, eu subia, em busca dos melhores buracos – os mais fixos – do barro, onde pudesse me agarrar, tomando cuidado com os pedaços de terra seca que se esfarelavam rumo ao abismo. Eu não podia cair, e também não podia gritar por meus primos. Não havia cordas de segurança.

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