Lá estava eu, provando o raro de um banho de rio, quando anunciaram, em repentino: “vem aí a tromba d’água!”
Uma onda de lamas e galhos e troncos e rochas veio brotando da correnteza em nossa direção, escrachando um terrível ponto final àquela ternura. Virou o inferno.
Uma pedra enorme e quadrada veio vindo também... os meninos correram para a margem, enquanto eu, paralisado, no centro do rio, assistia ao gigante aproximar-se de meu flácido corpinho.
Era a pedra e eu.
Eram as perdas e os restos, arrancados na tormenta que me consumia. Sem poder ir pra direita nem pra esquerda, restou-me ficar no meio... e mergulhar de cabeça no imenso monolito.
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