Acordo desse sonho, e vou para o trabalho, e constato o conflito nas pessoas, nos vizinhos, nos casais, nas instituições, no organismo social. Estamos em desespero clamando por paz! O governo dá as suas respostas: tanques, militares, armas, perseguição... Me aventuro a elucubrar: no dia em que os soldados prenderem todos os bandidos, traficantes, armas ilegais e drogas, teremos alcançado enfim a paz social? Qual é o ponto final da saga do bem contra o mal? Qual a relação entre os meus conflitos internos e os conflitos sociais? Um jogo de espelhos? Qual paz eu busco? De qual paz eu necessito?
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Laércio Fonseca nos conta, em uma de suas palestras, de uma ricaça da elite paulistana que gastou mundos e fundos para ter um encontro pessoal com Sai Baba na Índia. O mestre, ao estar diante da senhora, lhe indagou: “o que você veio fazer aqui?” A mulher teria respondido: “eu quero paz!” O sábio retrucou: “é simples: primeiro você tira o ‘eu’, depois você tira o ‘quero’, e daí você fica com a paz”.
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